segunda-feira, 30 de abril de 2012



© rafa, lisboa, 2012


o mais importante é saber qual a melhor maneira de caminhar através do fogo.


charles bukowski

(para Susana)


segunda-feira, 23 de abril de 2012



© ssobrado, paris, 2011


Leonard Cohen, Take this Waltz





© rafa, lisboa, 2012


"se eu te mostrar a minha luz interior podes abdicar de ser apenas uma fantasia e existir tangente ao meu corpo, pergunto."

Valter Hugo Mãe


(para CF)







quinta-feira, 19 de abril de 2012



© ssobrado, santiago de compostela, 2011


"Que sempre existam almas para as quais o amor seja também o contacto de duas poesias, a convergência de dois devaneios. O amor, enquanto amor, nunca termina de se exprimir e exprime-se tanto melhor quanto mais poeticamente é sonhado. Os devaneios de duas almas solitárias preparam a magia de amar. Um realista da paixão verá aí apenas fórmulas evanescentes. Mas não é menos verdade que as grandes paixões se preparam em grandes devaneios. Mutilamos a realidade do amor quando a separamos de toda a sua irrealidade."

G. Bachelard, in A Poética do Devaneio


quarta-feira, 18 de abril de 2012



© rafa, oeiras, 2012

"Sei o que dizer-te, como se soubesse a palavra-chave de ti. Tu sabes ouvir-me e abres-me uma janela sobre o mundo que procuro. Porque tu sabes o que preciso e eu, contigo, sei como chegar lá."

José Luís Peixoto



segunda-feira, 16 de abril de 2012




© ssobrado, terezin, 2010




"Antes ainda de desaparecerem da paisagem, os caminhos desapareceram da alma humana: o homem já não sente o desejo de caminhar e de extrair disso um prazer. E também a sua vida ele já não vê como um caminho, mas como uma estrada: como uma linha conduzindo de uma etapa à seguinte [...]. O tempo de viver reduziu-se a um simples obstáculo que é preciso ultrapassar a uma velocidade sempre crescente."

Milan Kundera, in  A Imortalidade




sábado, 14 de abril de 2012




© rafa, lisboa, 2011


"Envelhece-se mais devagar ao anoitecer.
A morte enrosca-se, faz uma trégua até que de novo amanheça.
Sou um homem nocturno, a luz do dia aumenta o conhecimento da minha escassa eternidade."

Malcom Lowry

quinta-feira, 12 de abril de 2012




© ssobrado, Amsterdão, 2004




Here we are
Stuck by this river,
You and I
Underneath a sky that's ever falling down, down, down
Ever falling down.

Through the day
As if on an ocean
Waiting here,
Always failing to remember why we came, came, came:
I wonder why we came.

You talk to me
as if from a distance
And I reply
With impressions chosen from another time, time, time,
From another time.


quarta-feira, 11 de abril de 2012


© rafa, lisboa, 2012


"Não, do que tu gostas mais em mim é dos meus pecados, dos meus defeitos físicos, de tudo o que não consigo ser, onde falhei, onde não pára nunca de doer, é isso o que tu queres ver, o que queres ter perto de ti, queres aceitar e cuidar, só isso, e o resto, só se vier com isso, porque é isso que tu amas em mim.
Será isso? Será assim?"

Pedro Paixão in ‘Muito, Meu Amor"


terça-feira, 10 de abril de 2012




© ssobrado, terezin, 2010


O passado traz consigo um índice misterioso, que o impele à redenção. Pois não somos tocados por um sopro de ar que foi respirado antes? Não existem, nas vozes que escutamos, ecos de vozes que emudeceram? [...] ”


W. Benjamin, in Teses sobre a História




 

© rafa, lisboa, 2012


"Tu és o nó de sangue que me sufoca. Dormes na minha insónia.
Como o aroma entre os tendões da madeira fria.
És uma faca cravada na minha vida secreta."

herberto helder





© ssobrado, algures no Alentejo, 2011






segunda-feira, 9 de abril de 2012



© rafa, lisboa, 2012


"O amor é um animal selvagem que chega até nós em silêncio. Aloja-se em nós e ocupa cada ponto do nosso corpo, mais, toda a nossa vida. [...]
No amor oscilamos entre tudo poder ser e nada poder ser, a impossibilidade de tudo.
É este o amor, é esta a nossa vida. Tu sabes, não sabes?
Eu sei muito pouco, quase nada. ... Ver mais de ti quero aprender tudo. O melhor e o pior.
O resto é-me indiferente."

Pedro Paixão





© ssobrado, évora, 2011



[Revelação]  Acção de revelar uma película sensível, um negativo ou uma cópia fotográfica. Acto ou efeito de revelar ou de revelar-se.


Que se iniciem, pois, as revelações...